Sobre um fundo azul claro degradê, no centro na parte superior, está escrito: sétimo encontro de licenciaturas e educação básica. Ao centro está escrito: Programas e projetos da Educação Básica e Superior no Brasil. Abaixo está escrito a data: 14 e 15 de outubro de 2025.

Mesa-redonda Formação de professores em diferentes contextos

Debatedores:

 

André Marques do Nascimento

Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Goiás (2003). É Mestre em Letras e Lingüística pela Universidade Federal de Goiás (2007) e Doutor em Letras e Linguística pela mesma universidade (2012). É professor Associado da UFG e atua prioritariamente no ensino de Português Intercultural, no curso de Licenciatura em Educação Intercultural. Coordena o Laboratório de Estudos Interculturais da Linguagem, do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, UFG.

Sinopse: “Eu não só aprendi para mim, mas também aprendi para a minha comunidade”: a importância do PIBID na formação de docentes indígenas no curso de Educação Intercultural da UFG

Relatos como o que dá título a esta apresentação têm sido frequentes por parte de licenciandas e licenciandos indígenas do curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás, a partir de suas participações no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, que gera condições imprescindíveis para a ampliação e o aprofundamento de suas formações para a docência. Além de revelarem o papel fundamental do PIBID em sua formação, esses relatos nos dão importantes diretrizes sobre como e para que desejam ser professores e professoras. De maneira geral, têm ensinado a nós, não indígenas, e à universidade que esperam ser agentes de uma educação escolar que reafirme a importância da ancestralidade de seus povos, em todas as suas dimensões, em diálogo com as demandas do presente e com os projetos de futuro de suas comunidades. Nesta direção, esta apresentação buscará dar uma visão panorâmica das principais ações desenvolvidas por meio do PIBID – Educação Intercultural, que têm fomentado o fortalecimento de cosmovisões, conhecimentos, línguas e pedagogias originárias pautadas na construção de pontes entre a formação acadêmica e o saber ancestral de suas comunidades, cuidadosamente mantido e difundido pelos seus anciãos e anciãs.

 

Elson Santos Silva

Possui graduação em Estudos Sociais - Hab. específica em História, especialista em Culturas Negras no Atlântico, especialista em História Social, mestre e doutor em Ciências do Ambiente. Atualmente é chefe da divisão de capacitação (DVCAP/CODEP/DIDES) no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (@ipeaoficial). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (@direitoshumanosufg), atuando e orientando em níveis de mestrado e doutorado nos temas Educação em Direitos Humanos, Inovação no Ensino, Educação Socioemocional e Alternativas aos Sistemas Educacionais. É também coordenador científico e pedagógico do convênio "Programa de Formação Docente em Educação Socioemocional no município de Tauá-CE" e consultor do Hub de Educação e Emoções Emosciência (@emosciencia).

Veronise Francisca dos Santos Lima Rebouças

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PPGIDH) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Mestra em Educação, Linguagem e Tecnologia pelo Programa de Pós-graduação interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias da Universidade Estadual de Goiás (2020). Possui graduação em DIREITO pela Universidade Católica de Goiás (1997); Graduação em Licenciatura Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Goiás (1999); e Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2015). É servidora efetiva, ocupando o cargo de professora P-IV do quadro permanente do Governo do Estado de Goiás na Secretaria de Estado da Educação, desde de 1994, é membro da Comissão de Avaliação Verificadora dos cursos vinculados à Câmara de Educação Profissional; Câmara de Educação Básica e Câmara de Educação Superior, todas pertencentes ao Conselho Estadual de Educação de Goiás, atualmente está lotada na Procuradoria Setorial da Secretaria de Estado da Educação de Goiás, atua em alguns cursos e ações da Gerência de Educação do Campo, Indígena e Quilombola integrante da Pasta da Educação em Goiás.

Sinopse: Educação Quilombola em Movimento: Formação, Tecnologias Locais e Emergências Globais

Como produzir conteúdo educacional que respeite os territórios, saberes e tempos das comunidades quilombolas, sem perder de vista os desafios globais da educação? Esta conversa apresenta o projeto "Sei fazer, sei ser: formação e memória por uma educação quilombola emancipatória", iniciativa financiada pela SECADI e pautada nos parâmetros do PNEERQ, que propõe uma formação continuada aprendente, crítica e situada.

A partir da pedagogia da alternância e da escuta ativa, o projeto atua em seis comunidades e escolas quilombolas de ensino médio, promovendo um curso que articula feitura coletiva, documentação de práticas e provocações didáticas. O objetivo é construir um protótipo de política pública que valorize a produção local de saberes, integrando tecnologias comunitárias com as urgências educacionais contemporâneas — como justiça climática, saúde mental, soberania alimentar e inclusão digital.

Amparado por pesquisa de doutoramento e por redes de colaboração entre universidade, escolas e territórios, o projeto busca inspirar outras comunidades, inclusive urbanas e não-quilombolas, a reconhecer a potência de uma educação que nasce do chão onde se pisa. A formação não se limita à técnica: ela é memória, identidade e emancipação.

Trata-se de como formar professores e estudantes para serem protagonistas de seus mundos — com dignidade, afeto e potência transformadora.

 

Elisandra Carneiro de Freitas Cardoso

Doutora em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2020), mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2011) e graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás (2008). Foi professora na Educação Básica e é professora no Ensino Superior (UFG e UFRB). Tem experiência na área de Educação, com ênfase na formação de professores atuando principalmente nos seguintes temas: educação popular, educação em ciências e biologia, educação do campo e educação ambiental. Tutora do Programa de Educação Tutorial - PET "Dom Tomás Balduíno" (2024 - atual). É também vice-diretora do Câmpus Goiás da UFG.

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